As consequencias da subida do IVA nos ginásios.

Entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2011 uma nova portaria que estipula a obrigatoriedade dos ginásios pagarem uma taxa de IVA de 23%, em detrimento dos 6% pagos até então. A reduzida taxa de IVA a que estavam sujeitos justificava-se pela necessidade de incentivar as pessoas a uma pratica frequente de exercicio fisico, devido à importancia que este representa para as sociedades modernas.
Com o aumento da taxa do IVA, os ginasios viram-se impossibilitados de manter as tarifas vigentes e com os aumentos, por mais insignificantes que fossem, afastaram as pessoas dos ginasios. As que ja frequentaram começaram a fazer contas à vida, e as que pensavam frequentar puseram totalmente de lado essa opção. Os preços praticados nos ginasios com esta subida, alcançaram valores que colocam o exercicio fisico como um bem de luxo, e nao uma necessidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Deste modo, e de acordo com as ultimas noticas saídas na imprensa nacional, os ginásios podem vir a sofrer durante este ano, uma quebra aproximada de 25% no numero de clientes.
A verdade é que esta quebra de clientes representa uma diminuição de receita, o que origina problemas de tesouraria em ginasios que já tinham a sua estrutura completamente organizada, obrigando-os a uma restruturação organizacional. Esta passa muitas vezes pelo despedimento de colaboradores, ou em cortes de determinadas actividades com menos afluencia, entre outras. Passamos a ter mais pessoas a engrossar as estatisticas do desemprego, mais pessoas insatisfeitas com o serviço que os ginasios lhes prestam (visto que passam a ter disponiveis apenas actividades com maior afluencia e perde-se a identidade das actividade minoritarias), passamos a ter menos pessoas nos ginasios, menos receita, menos IVA para devolver ao Estado.
Surge uma duvida...o aumento da taxa do IVA nao seria para, em tempos de crise ajudar a reerguer um país sobreendividado? Parece-me que o objectivo esta longe de ser cumprido, e o caminho a trilhar não esta a ser de todo o mais eficaz.
Subir a taxa de IVA a um sector que contribui significativamente para a qualidade de vida dos portugueses e manter a mesma taxa de IVA (6%) em determinados outros sectores, onde apenas está em causa o lazer das pessoas, é a prova viva de que continuamos no caminho errado para o desenvolvimento.

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